Jovem de Clevelândia busca conhecer todas as 399 cidades do Paraná

Conhecer todas as 399 cidades do Paraná pode parecer um sonho distante para muita gente. Mas para Jeahn Koll, de Clevelândia, no Sudoeste do estado, é um projeto em pleno andamento — e recheado de boas histórias.

Com mais de 20 mil seguidores nas redes sociais, o jovem decidiu colocar o pé na estrada e, a cada parada, registra tudo em vídeos curtos, divertidos e informativos. Até agora, 18 cidades já entraram para a lista.

“Antes de querer conhecer o mundo, percebi que precisava conhecer o meu próprio estado. O Paraná é gigante, cheio de cultura, de histórias que pouca gente sabe”, conta Jeahn, que trabalha com marketing e estética automotiva.

Nas folgas do trabalho, ele se joga na estrada — sem roteiro fixo, sem planos fechados. “Penso para onde quero ir, junto dinheiro e vou. Às vezes até eu me surpreendo com o destino”, brinca.

Foi assim que surgiram os vídeos sobre cidades como Pato Branco, Francisco Beltrão e Bom Sucesso. Em alguns casos, o convite parte das próprias prefeituras, que veem no trabalho de Jeahn uma forma diferente e eficaz de divulgar o município.

Com um olhar curioso e cheio de sensibilidade, ele visita museus, igrejas antigas, praças, trilhas, cachoeiras e conversa com os moradores. A ideia é simples, mas poderosa: redescobrir o Paraná por meio de suas riquezas culturais, históricas e naturais.

“Já teve gente que comentou: ‘Moro aqui há 40 anos e nunca soube que tinha uma cachoeira do lado de casa’. Isso me mostra que vale a pena”, diz.

Apaixonado por construções antigas, pela trajetória dos tropeiros e pela influência dos imigrantes italianos e alemães — especialmente no Sudoeste do estado — Jeahn acredita que os pequenos municípios têm muito a oferecer.

“Tem cidade com tanta história que um vídeo só não dá conta. Cada viagem é mais do que conteúdo novo: é uma conexão íntima com o Paraná”, diz ele. “Mais do que ensinar, eu tô aprendendo.”

Seu conteúdo atinge públicos de todas as idades, de crianças curiosas a idosos nostálgicos. E, para muitos, é a primeira vez que enxergam sua própria cidade com olhos diferentes.

“É gratificante ver que os vídeos despertam orgulho nas pessoas. Às vezes o que falta é alguém mostrar o valor do lugar onde a gente vive.”

(G1 Paraná)

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