Comunidade ucraniana participa de encontro com o prefeito Beto Lunitti

Tornar mais conhecida a cultura ucraniana a partir da sua religiosidade. Com este intuito, uma comitiva formada por integrantes da Comunidade Ucraniana de Toledo e convidados visitaram o prefeito Beto Lunitti. A conversa foi sobre algumas ações em andamento e projetos que os descendentes de imigrantes residentes em Toledo pretendem colocar em prática. O encontro, realizado na quinta-feira (04), aconteceu na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito.

Atualmente, aproximadamente 200 famílias ucranianas moram em Toledo e celebram duas vezes por mês a missa do rito bizantino, considerado o mais antigo do catolicismo, celebrado desde o século 4. Os encontros acontecem no domingo no Seminário Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Porto Alegre, e quinze dias após, no sábado, em Ouro Preto. 

No interior do município, o espaço utilizado para os encontros é uma estrutura construída há quase seis décadas. “Temos um projeto, junto com a comunidade ucraniana, de restaurar toda a estrutura. Após, buscaremos junto com a Secretaria de Cultura formas de manter a história e a cultura de forma mais perene, buscando o tombamento histórico desta igreja edificada há 58 anos”, explica o integrante da diretoria da Comunidade Ucraniana de Toledo, Juliandro Ostapechen.

A ideia, além da reforma estrutural, é fortalecer a iconografia religiosa – muito presente na fé dos descendentes ucranianos – e tornar o templo de Ouro Preto um ponto turístico. “Nossa intenção é realizar as pinturas características e tornar a igreja um local de visitação. Enquanto no catolicismo que conhecemos por ser praticado mais extensivamente no Brasil existe a questão das esculturas, na nossa cultura religiosa a pintura é mais presente”.

Juliandro acrescentou que já havia sido realizada uma conversa prévia com a secretária de Cultura, Rosselane Giordani, na qual a gestora lhe havia auxiliado com algumas informações sobre como conduzir o processo. “Nesta semana, nossa diretoria se reúne para aprofundarmos o assunto e vamos alinhar as agendas para mais uma conversa oficial com a secretária (da Cultura) Rosselane (Giordani)”, relata. 

O tombamento, que tornará a igreja patrimônio histórico, permite a busca por recursos públicos para sua pintura interna, trabalho que deverá ser realizado por um profissional da arte iconografia religiosa. Para tanto, a comunidade precisa também de apoio do poder público para auxiliar na captação de recursos. 

Segundo o vice-prefeito Ademar Dorfschmidt, a possibilidade de ter mais um atrativo turístico justifica o apoio do município na busca por recursos. “Além da questão da religiosidade, temos também o lado cultural e econômico. Seria mais um local para recebermos visitas de turistas, gerando trabalho, emprego e renda”, justifica.

Já o prefeito Beto Lunitti expressou o desejo do município em prosperar neste caminho. “A legislação hoje é bastante exigente em relação à aplicação de recursos, mas existe a vontade nossa de avançar também no turismo, tendo essa matriz como fonte de renda para as pessoas e, consequentemente, para a cidade. Vamos avançar nas conversas”, frisa.

A comitiva contou com a participação do professor de Arte da Universidade Católica de Lviv, na Ucrânia, Sviatoslau Vladyka. O artista está em Curitiba a convite da comunidade ucraniana da capital do Paraná para pintar os ícones religiosos que farão parte do painel (iconostase) da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Além dele, estiveram presentes os integrantes da diretoria da Comunidade Ucraniana de Curitiba, Mario e Elizabete Katchuk; da diretoria da Comunidade Ucraniana de Toledo, Margarida Gulaf Finkler, o casal Juliandro e Leandra Ostapechen (acompanhados da filha Graciana); o pároco da Comunidade Ucraniana de Cascavel, padre Sérgio Schmil; e o servidor municipal Gilberto Chmulek.

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