As políticas públicas de segurança alimentar e nutricional estiveram em evidência nesta sexta-feira (7) em evento realizado nesta sexta-feira (7) no auditório do Centro da Juventude (CJU) Marcio Antonio Bombardelli, no Jardim Europa. O local recebeu, durante todo o dia, cerca de 200 pessoas que vieram acompanhar e participar das atrações da 4ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional promovida pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea) em parceria com a Prefeitura de Toledo.
Após credenciamento, coffee break preparado pela Unidade Central de Produção de Alimentos (Cozinha Social), solenidade oficial de abertura, leitura do regimento interno e palestra magna com o “Comida de Verdade, Democracia e Equidade: erradicar a fome e garantir direitos” (o mesmo da conferência) abordado na palestra magna ministrada pelo mestre-doutor em Educação e professor da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Gracialino da Silva Dias, foram iniciados os debates e formados os grupos de trabalho com o objetivo de elaborar propostas para serem avaliadas e aplicadas no município, bem como aquelas que serão apresentadas na Conferência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional e quais deverão ser incluídas no novo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional, o qual se encontra defasado.
Esta etapa teve continuidade no começo da tarde e foi seguida pela realização de plenária que analisou e deliberou a respeito das propostas formuladas pelos grupos de trabalho. Em seguida, foi feita a leitura e a aprovação das moções, bem como a eleição dos delegados que representarão o município na 6ª Conferência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional que também será realizada em Toledo no dia 25 de agosto.
Abertura
Autoridades do Executivo, do Legislativo e do Ministério Público prestigiaram a solenidade de abertura da 4ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Entre elas, compuseram a mesa de honra: o vice-prefeito Ademar Lineu Dorfschmidt, que representou o prefeito Beto Lunitti; o representante da Câmara de Vereadores, Gabriel Baierle; o secretário da Administração, Andriws Todeschini Prestes; promotor responsável pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Toledo, José Roberto Moreira; o chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Paulo Roberto Salesse; e o presidente do Comsea/Toledo, Carlinhos Luiz Fornari.
Em sua fala, Ademar destacou a evolução pela qual o conceito de segurança alimentar passou nos últimos anos. “Vim de uma família humilde, de pequenos agricultores, e me lembro que comia algo diferente só quando ia na casa da minha vó. Em casa, era só pão recheado com banha. De lá para cá, o acesso da população a alimentos de qualidade aumentou muito e esta questão recebe tratamento muito especial em Toledo. Quando o Beto e eu assumimos o Executivo Municipal em 2021, tratamos de reestruturar a Cozinha Social cuja equipe desenvolve um trabalho fantástico, a quem quero deixar meu reconhecimento”, homenageia. “Recurso público para segurança alimentar é investimento, pois resulta em merenda escolar que faz os alunos aprenderem mais, em refeições que proporcionam uma saúde melhor aos frequentadores dos restaurantes populares”, relata. “Esta política pública também compreende os agricultores familiares, que podem trabalhar tranquilos pois a venda da sua produção está garantida pelo município. Veja bem: não tem nada de ideológico nisso! É uma ação de Estado, que respeita as pessoas, feita para todos. Quando falo todos, é todos, com as pessoas no centro e a economia a serviço da vida”, salienta o vice-prefeito.
Antes de declarar aberta a 4ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, o presidente do Comsea/Toledo destacou que as discussões em nível local são fundamentais em questões mais complexas. “Temos duas questões preocupantes nesta seara. Uma é a existência de 37 tipos de agrotóxicos sendo utilizados no Brasil e que já foram banidos na Europa e nos Estados Unidos. A outra é a falta de uma regulamentação para os alimentos ultraprocessados. Para encontrar soluções para estes problemas, é imprescindível o debate entre poder público e sociedade e este evento representa uma oportunidade importante para isso”, avalia Carlinhos.
