
As aldeias da etnia Kaingang que brigaram entre si na cidade de Pitanga, região central do Paraná, não chegaram a um acordo e mais de 200 indígenas seguem desabrigados após terem as casas incendiadas pelo grupo rival.
O conflito aconteceu na madrugada de sábado.
Pelo menos sete vítimas tiveram ferimentos graves e 60 casas foram queimadas.
O vice-presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, cacique Miguel Alves, intermediou as duas reuniões que aconteceram ontem (7).
Uma delas foi feita pela manhã na aldeia Ivaí, e outra conduzida à tarde na aldeia Serrinha.
Nenhuma delas cedeu, segundo ele, o que significa que os indígenas da Ivaí não concordam que a comunidade da Serrinha continue vivendo nas terras em que estava.
Por outro lado, os indígenas da Serrinha não pretendem sair do local.
Conforme o cacique, após a tentativa falha de um acordo entre as aldeias, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas para tentar conversar com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A ideia é decidir os próximos passos para mediação e o destino das famílias desabrigadas, uma vez que os indígenas estão no Colégio Estadual do Campo São João da Colina, que deve iniciar o ano letivo em 5 de fevereiro.