Em uma ação conjunta de alta complexidade, a Operação “Basta!” foi desencadeada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) de Cascavel, contando com o apoio de unidades da Polícia Civil de Cascavel, da 20ª Subdivisão Policial (SDP) de Toledo e da Polícia Civil de Goiás. A operação resultou no cumprimento simultâneo de 10 ordens judiciais nas cidades de Cascavel, Toledo e Santo Antônio do Descoberto. É o desfecho de uma meticulosa investigação de quatro meses que desvendou um crime brutal contra um aposentado de 60 anos, ocorrido em janeiro.
A Emboscada e o Cativeiro
Em 13 de janeiro, um aposentado, proprietário de um sítio, foi atraído para uma emboscada. Ele recebeu uma ligação com uma oferta de patos e, ao chegar no bairro Universitário, em Cascavel, foi recebido por uma das pessoas envolvidas, que o convenceu de que os animais estavam em outro local. O indivíduo entrou no veículo da vítima, e ambos seguiram para o bairro Veredas.
No trajeto, o criminoso sacou uma arma e anunciou o assalto, forçando o aposentado a dirigir até uma zona rural. Lá, um segundo assaltante, também armado, se juntou à ação. A vítima foi amarrada e sofreu agressões físicas e psicológicas, sendo obrigada a fazer transferências via Pix que totalizaram R$ 12.450,00. Por cerca de três horas, o aposentado ficou amarrado no mato, sob a mira de uma arma, enquanto sua caminhonete Strada era roubada. Somente depois que o assaltante que o mantinha em cativeiro saiu do local, a vítima conseguiu se soltar com a ajuda de um transeunte e pedir socorro.
Quatro Meses de Investigação
A investigação, liderada pelo Delegado Dr. Marcos Fontes, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Cascavel, foi extremamente complexa. O crime ocorreu em um local isolado, sem testemunhas, o que exigiu o uso de diversas técnicas investigativas e a obtenção de medidas cautelares pelo Ministério Público e o Poder Judiciário.
Ao longo de quatro meses, a equipe de investigação conseguiu identificar todas as cinco pessoas envolvidas no crime e coletar provas robustas que individualizam a conduta criminosa de cada participante. O mentor intelectual do assalto chamou a atenção dos investigadores: ele havia trabalhado na residência da vítima meses antes do crime, conhecendo toda a rotina e informações cruciais que permitiram ao grupo planejar o ataque. Esse indivíduo participou da ação de forma velada, coordenando e ditando os passos dos outros indivíduos, além de dirigir a caminhonete roubada até a fronteira com o Paraguai.
O veículo usado pelo grupo criminoso também foi identificado, levando ao casal que atuou como motoristas e olheiros durante a execução do crime, garantindo a passagem do veículo roubado para o Paraguai. As duas pessoas que iniciaram o roubo e mantiveram a vítima amarrada no mato com extrema violência também foram devidamente identificadas.
