A diversidade cultural que marca a população de Toledo ganhou um novo capítulo na noite desta segunda-feira (16), com o início do curso básico de crioulo haitiano voltado a servidores públicos municipais. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social: Infância, Juventude, Pessoa Idosa e Família (SDHS), busca aprimorar o atendimento oferecido à comunidade haitiana, que atualmente é a mais numerosa entre os imigrantes que vivem no município.
Com 22 profissionais inscritos, todos com atuação direta no atendimento à população, a capacitação foi viabilizada por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Toledo e o Centro de Ensino de Línguas de Toledo (Celto), vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). As aulas são ministradas pelo professor Pierre Érick Bruny, haitiano radicado no Brasil há quase 10 anos, que traz em sua bagagem o conhecimento da língua e da cultura do país caribenho.
O curso terá carga horária total de 40 horas-aula, com encontros presenciais sempre às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h, até o dia 20 de agosto, no câmpus local da Unioeste. Durante esse período, os participantes vão aprender conceitos básicos da língua nativa do Haiti, além de aspectos culturais que podem contribuir para um atendimento mais humanizado e eficiente.
De acordo com a coordenadora de Políticas para Imigrantes e Outros Grupos Vulnerabilizados da SDHS, Késsi Rudek, a criação da capacitação surgiu da constatação de que a barreira linguística é um dos principais desafios enfrentados pelos haitianos ao buscar atendimento nos serviços públicos de Toledo. “A proposta do curso é preparar os servidores para um atendimento mais eficiente e acolhedor, reduzindo barreiras de comunicação e fortalecendo o vínculo com a comunidade haitiana, promovendo maior inclusão e integração desses imigrantes na cidade”, explica.
Para a coordenadora, o início das aulas tem sido uma experiência enriquecedora, refletindo a importância da iniciativa diante da crescente diversidade cultural de Toledo. “Nossa expectativa em relação à formação é bastante positiva, pois aprender o crioulo haitiano representa não apenas o domínio de uma nova língua, mas também um importante passo em direção à inclusão, ao respeito e à humanização no atendimento público”, destaca Késsi.
